Páginas

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um ou dois?


Lucas Alves

O tubo da nossa Televisão, além de ser uma caixinha de surpresas, ainda guarda muitos mistérios. Situações acontecem e seus motivos são ignorados por grande parte do público. Quem iria querer saber sobre isso? Por que não iriam querer saber?
A questão intrigante é a seguinte: qual a razão de existir "Carrossel Animado" e "Bom Dia e CIA" seguidos na programação semanal do SBT? Para quem não sabe as duas atrações seguem a mesma linha, o primeiro passa por pouco tempo no início das manhãs e o segundo se extende pelo resto da manhã e pequena parte da tarde. E para quem sabe sobre o que estou dizendo tenho certeza de que já se perguntaram o mesmo.
Já fiquei me perdendo em explicações. Seria por causa de alguma programação local, que, com suas alterações, não precisaria cortar um programa ao meio, mas sim deixaria de passar um para passar o outro? Me parece a razão mais esperada. Porém ainda não soube de alguma afiliada que faça isso. O programa que juntasse os dois ficaria muito extenso e ilegalmente trabalhoso para os apresentadores? Sei lá, já viajei.
Eu vejo tudo isso como um desperdício de nome e de desenho, afinal o horário ocupado pelo primeiro programa poderia ser usado para outro tipo de atração. Estão pensando sobre isso lá, mas estão assim: apenas pensando, sempre. Mudanças radicais, revolucionárias e, principalmente, duradouras e eficazes, seriam muito bem-vindas.

sábado, 18 de setembro de 2010

Sessenta breves anos


Lucas Alves

Não é fácil escrever um texto para marcar os 60 anos da TV Brasileira. Não é simples, para um filho de poucos desses anos, falar sobre esse sucesso.
Discorrer sobre tudo de bom, de criativo, que deu as caras durante esses anos? Eu não saberia nem a metade. Jogar palavras ao vento criticando os pontos negativos? Não, aniversário não é feito para isso.
Seja para quem é fã ou para quem apenas assiste uma ou outra vez, o dia de hoje é especial. É a data em que mais uma vez lembramos de um Chacrinha que não conhecemos mas de quem ouvimos falar, sentimos falta de programas da Angélica ou da TV Cruj.
Tento hoje imaginar os anos de maiores sucessos dos monstros dos programas de hoje. Pensaríamos diferente sobre Hebe, Silvio Santos, Raul Gil, Lima Duarte, Regina Duarte, Fernanda Montenegro, se os conhecessemos desde o início de suas carreiras?
O programa que eu me lembrar poderá não ser o mesmo que passará pela sua memória agora ou hoje, mas com certeza todos temos algo que nos aproximou desse objeto nos apresentado por Assis Chateaubriand. Sentimos raiva de algum vilão de novela, escolhemos uma opção nos programas de perguntas e respostas, temos um desenho animado preferido e conhecemos alguém que tentou cozinhar algo como Ana Maria Braga.
São sessenta anos. Muita coisa mudou. Muita gente continua. E é maravilhoso. É um mundo de criação, de adaptação, de notícias e boatos, muito interessante. Que, com todos os problemas e detalhes que sempre precisarão ser revistos, a nossa TV cresça, vença da sua maneira a provável e já presente disputa com a Internet, e continue nos fazendo companhia, nos envolvendo e nos entretendo, este que é o seu papel. Parabéns!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Outro quarto


Lucas Alves

Imagine se você fosse diretor de um programa de TV e reconhecesse no olhar dos telespectadores todo um desânimo causado pela falta de novidades da sua atração. Seria desagradável, não é mesmo? Isso refletiria na audiência, no faturamento e, consequentemente, nos comentários sobre o que se vê.
Pois bem, pense agora na preocupação com esse tipo de situação que atormentam aqueles seres humanos que levam reality-shows nas costas. Falo hoje de "A Fazenda 3" (de novo).
Dizem por aí que terá uma novidade em tal tesouro da Rede Record. Acontece que a novidade será só para a Record, já que quarto branco já deu as caras no BBB e inspirou o Solitários (do SBT). A "casa da tapera" será um ambiente separado onde ficarão os indicados à eliminação. Um ajuste aqui e outro ali e as coisas parecem inovadores na televisão.
Mas é natural. Quando se aceita o desafio de fazer edições e edições de um mesmo programa se assume a obrigação de trazer algo à mais em cada novo trabalho. Quando não se inventa, melhora-se.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Companhia de cada dia


Lucas Alves

Você acha que a criatividade passa longe das novelas do Brasil? É daquelas pessoas que criticam nossas produções por confiar que umas são cópias das outras e que tudo é previsível?
Que tal uma trama que comece no dia 1º de Janeiro e termine no dia 31 de Dezembro, ao vivo? Isso mesmo, o final talvez feliz teria sua companhia na ida para a festa da virada do ano. Inovador? Digo mais: para essa novela ter os completinhos 365 capítulos, ela teria que ser transmitida incansavelmente todos os dias do ano, inclusive aos domingos! Seria interessante, mas não arriscaria imaginar aqui o resultado.
Você não pode dizer que essa ideia não é totalmente revolucionária, televisionalmente falando. Tal loucura não foi pensada por mim. Um diretor da Rede Globo, Luíz Fernando Carvalho (da novela Esperança, por exemplo), levou essa proposta para a direção da Rede Globo. Porém, ao que se sabe, a emissora não estaria disposta a reformular tanto suas tradições.
Seria antropológico. A história se tornaria a história do público, seria sua vida. Poderia fazer um estrago, mas seria um estudo criticavelmente interessante. Eu apostaria na ideia!

(Fonte: NaTelinha)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Entre o velho e dinossauros


Lucas Alves

Quando Tiago Santiago queimou a cabeça para levar à frente "Os Mutantes", a Rede Record, mesmo com o sucesso, recebeu inúmeras críticas. A trama, que está sendo reprisada, chegou a não ser vista por alguns como novela.
Mas, o que dá certo aqui, não dá certo ali, o que se critica se conserta e a Rede Globo pretende lançar uma ficção pra lá de diferente. Dinossauros e mulheres robôs serão as apostas da próxima novela das sete da emissora. Sempre que os primeiros colocados tentaram inovar, seu tradicional público não compreendeu a mensagem, o que causou baixa audiência. Foi assim com "Tempos Modernos" e "Bang-Bang".
Só que dessa vez o autor é Walcyr Carrasco. O caro coleciona sucessos e tem uma receita para escrever histórias que agradam o telespectador. Será que ele conseguirá também mudar essa cara da Globo, essa imagem tradicional? Será que com o criador de "Caras e Bocas" e "Alma Gêmea" a fantasia pode passar a ser bem-vinda na emissora comandante? É aguardar para conferir.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Infanto falta


Lucas Alves

Os maravilhosos anos 90. Em um instante nostálgico me lembro agora dos programas infantis que, invadindo revistas ou o guarda-roupas, mantinham as crianças em um mundo separado, você pode dizer que de sonhos.
Hoje olho para a TV e sinto falta de um verdadeiro programa infantil, mas infantil como eu conheço. Faz falta a plateia, faz falta o foco educativo, fazem falta a música e a competição. Atualmente tem-se a impressão de que os bebês já nascem espertos demais, mais adultos que os adolescentes do passado.
Me disseram esses dias que as crianças não teriam mais paciência para o tipo de atração que me dá saudade, a verdadeiramente feita para elas, como antigamente se fazia. Pode até ser, porém a questão é que são educadas para não se encantarem mais por cores e brincadeiras. Temos os mini-adultos. Me mostre uma criança. A Maísa? Quase não mais.
Não estou dizendo aqui que um ou outro formato seja melhor ou pior. Contudo, acredito que a forma como tudo isso aparecia nos velhos tempos fez toda a diferença para toda a formação daquela geração.
É sim interessante que brinquedos sejam dados, mas também que se ensine a brincar. É necessário que se mostre desenhos. E que se ensine a desenhar. A TV é uma parte importante da infância, indiscutivelmente. O que falta é ser feita para crianças. Lembra de Chiquititas?

Essa é a nossa praia


Lucas Alves

O lugar certo na hora certa. Eu, em casa, pela manhã, inesperadamente, vejo no Hoje em Dia, da Rede Record, um quadro muito interessante. Dizem que a emissora está muito bem no jornalismo, mas realmente não esperava ver o que vi.
Um quadro chamado "Essa é a sua praia" me causou uma grata surpresa: dois participantes, neste momento em que escrevo, estão concorrendo à uma bolsa de estudos para estudar Jornalismo. Os dois acabaram de apresentar um mini-telejornal ao vivo, vivendo toda a emoção e adrenalina de um verdadeiro âncora. Muito interessante, uma sacada gloriosa do programa.
Em uma rápida pesquisa pela internet me pareceu que o quadro está passeando pelas profissões e, a cada período, trabalha um sonho, um futuro, de um telespectador. Gostei muito de conferir essa atitude do Hoje em Dia. O que o jovem precisa hoje é viver o que pretende ser, é ter exemplo, é saber que tem gente que o vê.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os pêsames


Lucas Alves

Assustador. É a terceira vez que, passeando pelos canais de tv, vejo Sônia Abrão citando mortes em seu programa. Sim, não é sempre a mesma, são três mortes diferentes.
Já virou piada na internet, já deu comentários, porém não imaginei que era algo tão intenso. Desde a época da entrevista feita ao vivo, por ela, com o sequestrador de Eloá Pimentel, que fui obrigado a esquecer os bons serviços prestados pela apresentadora no antigo Falando Francamente (SBT).
Falemos de vida e alegria na TV pessoal! Vamos benzer a moça?

A Palmirinha


Lucas Alves

Você conhece Palmirinha? É uma senhora artista muito simpática que até pouco tempo era contratada da TV GAZETA. Seu nome tem estado muito presente nas notícias sobre televisão desde que deixou a emissora.
O caso é que há quem afirme que tal nome seria a salvação pensada pela Globo para o Mais Você. O que posso dizer é que quem confirma isso também diz que Ana Maria Braga não estaria muito feliz em dividir sua atração. O Louro José teria uma tia?
A discussão implícita em toda essa especulação é interessante: o que acontece com o tradicional programa da Ana que não tem tido mais fôlego para vencer o Fala Brasil, da Rede Record? Eu particularmente, até por uma tradição da infância, prefiro o primeiro.
É bem verdade que não tenho assistido, mas ainda não entendi o que fez as pessoas que estão em casa nessa hora trocarem de canal. A rede dos bispos está passando por uma maré de sorte?
Ainda dizem que o destino de Palmirinha será o SBT e que o parceiro de Ana, pela vontade do diretor Boninho, seria Olivier Anquier (ex-Tudo-a-ver da Rede Record). Nada como o nada confirmado mundo da TV Aberta.