Páginas

domingo, 23 de janeiro de 2011

Velhos domingos



Lucas Alves

Diferente do Domingo Legal, o Programa do Gugu merece parabéns. Ainda não é o antigo Gugu voltando para a TV, mas já é algo bem próximo disso.
Não nego que a atração de Celso Portiolli ainda me agrada em alguns pontos, porém possivelmente é por já ter sido pior, ali quando Gugu estava saindo do SBT. Época essa em que o programa de domingo era apenas um tapa-buracos sem sal.
Hoje assistindo o Programa do Gugu vi o imprevisto, vi um programa que não se prende em rotinas, que tenta surpreender, que tenta animar, informar, trazer novidades e que tenta reconhecer os sucessos do passado. O quadro Verão 2011 vai trazer a cada final de semana uma música que foi sucesso no mesmo período de anos anteriores e uma que pode ser líder das paradas desse ano. Interessante.
Ao Domingo Legal, que está em comemoração dos 18 anos e mostrando os melhores momentos, falta reconhecer o que funcionou, e mais ainda reconhecer que já teve muita criatividade no passado e fazer. Fazer sem repetir o mesmo a cada edição, sem entregar tudo para o público que, sem surpresas, perde o interesse.
Com tudo isso, o antigo Domingo do Gugu ainda não está de volta. Nem no SBT, nem na Record, mesmo que essa esteja passando mais perto disso.

Nas férias não se vê tv


Lucas Alves

Época de férias sempre causa uma certa confusão nos números de audiencia. Parte do público cativo de uma ou outra atração não costuma acompanhar seus apresentadores e programas preferidos.
Acontece que as notícias que venho acompanhando ultimamente estão um tanto estranhas. Sansão e Dalila, da Rede Record, segundo informações da internet, teria vencido a Globo em São Paulo. Uma mini-série que, mesmo sendo uma produção que recebeu muito investimento da emissora, não tem nada que pareça despertar tamanho interesse do público. Claro que a Record sabe colocar seus programas em horários específicos, atrasá-los ou adiantá-los quando necessário.
Ontem também soube que a novela Insensato Coração estava prestes a perder para Rodrigo Faro no Rio de Janeiro. Acho que não aconteceu. Porém qual seria o significado de um programa que aposta em danças, e coisas que já deveriam ter perdido a graça para o público, vencer a principal novela da principal emissora? Caos na telinha.
É, hora de atentar para a veracidade e validade de tais notícias, para aí sim poder ver o que elas significam. E se a volta ao ano normal, sem recessos, férias ou folgas, vai fazer a bagunça se tranquilizar.

(imagem de oblogdasusy)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Melodrama mexicano?


Lucas Alves

Com nome de novela mexicana estreia nessa segunda-feira a nova novela da Rede Globo, a primeira novela das nove! Muito bom, agora a televisão entra numa nova era. Quem sabe poderemos no futuro dividir a história da TV em "antes da novela realmente das nove" e "depois da primeira novela realmente das nove".
Insensato Coração vem com um ar de que não vai inovar, de que não surpreenderá. Espero estar errado, pois gosto muito quando novelas mexem com o público, como aconteceu com A Favorita e Passione, essa que acaba hoje.
Por falar na história de Totó e companhia, encerra cumprindo sua missão. Pode ter tido menos audiência que sua antecessora, que teve menos que a antecessora dela e assim vai. É natural. Porém, não podemos negar os pontos altos da novela. Entre os destaques tivemos Clô, Olavo, Berilo, Jéssica, Clara (e avó) e Fred, entre outros. E Carolina Dieckmann não agradou.
Gabriel Braga Nunes e Tuca Andrada, retornando à casa após uma passagem trabalhosa na Rede Record, integram o time da nova trama, o primeiro sendo o antagonista. Interessante essa volta de atores que haviam deixado à rede dos Marinho. Confesso que minha maior curiosidade em relação à nova atração é sobre esses dois atores, principalmente o primeiro que, na minha opinião, já tinha a cara de Rede dos Bispos e agora volta à Globo em uma posição favorável, que, antes ausente, o mudou de emissora no passado. Vamos ver se essa nova história pega.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Rindo sem amor


Lucas Alves

Eu facilmente elegeria TiTiTi como a melhor novela atualmente exibida na nossa TV. Mas, de uns tempos para cá, não concordo totalmente com essa ideia.
Murilo Benício e Cláudia Raia, entre outros, tem grande destaque na produção. Roubam a cena muitas vezes e animam a história. Porém, em um ponto a novela fica arrastada, ali, naquele ponto, é demonstrada uma certa perda de caminhos, uma consequência, talvez, do alongamento que a novela sofreu em seu tempo de exibição.
O amor, o amor é o problema da novela das sete. Aqueles casais que em outras novelas torcemos durante toda a história para que fiquem juntos já estão formados em TiTiTi. Agora, ainda faltando um tempo para a atração acabar, começam a desfazer os casais perfeitos perante o público. Não entro aqui no mérito da comparação com a primeira versão da novela, mas hoje o público com certeza não esperava que casais como Ari e Suzana, Luti e Valquíria, Marcela e Edgar, poderiam não ficar juntos ao final.
Pode ser que em uma história um casal acabe se desfazendo com os fatos, com os rumos que a história toma, só que na novela das 19:30 o amor passa fácil e o telespectador fica confuso.